quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vale a pena postar

O conto abaixo aconteceu com meu filho... como guardei a carta enviada a imprensa, resolvi postar... e o desenho... é o dele... lindo né?!?

Conto Novo


Um dia um menino vai para a escola e na classe a professora anuncia que teria um concurso de desenho, onde este se vencedor, seria estampado em um livro da Cidade. Então esse menino como ótimo aluno que era, um dos melhores de sua classe, se empenhou e usou toda criatividade vinda de uma cabecinha de nove anos de idade, e como já era de se esperar, pelo menos pelos que o conheciam, seu desenho venceu!
Esse menino de olhos castanhos e grandes chegou em casa e anunciou o que havia acontecido, sua mãe chegou até a duvidar e pensou: Como! um evento dessa grandeza e meu filho ganhou? Mas no mesmo momento constatou: realmente meu filho é ótimo.
No dia do evento quando a mãe desse menino abriu o livro na página 124 no desenho de autoria desse menino veio a surpresa; o desenho estampado no livro não era o dele.
Fim!

Esse não é o fim dessa estória que não vai ser publicada em livro nenhum, mas que com certeza nunca sairá da cabecinha desse menino.
Sorte dos responsáveis por ISSO, é que meu filho com toda sua ternura e inteligência, me ensinou mais uma vez como ser uma pessoa melhor e paciente e me fez concluir que não foi o evento que foi grande pra ELE, mas ELE é que foi grande pro evento.
Portanto eu exijo que algumas medidas sejam tomadas, exijo que: pelo menos 3 livros sejam corrigidos (sendo ele o vencedor ou não), o livro que eu comprei, o que ele ganhou junto com o Certificado e o que o pai dele comprou.
E espero que o desenho estampado no livro distribuído na noite de 22 de Outubro de 2009 também seja identificado, reconhecido e a criança homenageada.

Enfim, espero que alguém se sinta responsável e corrija esse incorrigível engano, e sinceramente não me “serve” como resposta; “Essas coisas acontecem”, mesmo porque quando se trata de crianças os cuidados devem ser triplicados.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

para uma pessoa querida.....

Hoje é um dia triste, uma grande perda, então vou desviar um pouco a atenção dos comentários do meu filhote pra deixar uma homenagem a um querido amigo ... pra você Pelissão.


***Agora eu entendo porque uma pessoa quando criança é plenamente feliz, mas conforme ela vai crescendo vai ficando com a felicidade fracionada.

Geralmente quando se é criança, seus melhores amigos são criança saudáveis, isso significa que a não ser por uma grotesca fatalidade é difícil perde um grande amigo na infância.

Mas quando chega a idade adulta o mundo vai ficando mais vazio, (pelo menos pra algumas pessoas), vai ficando vazio de uma forma que torna o coração dolorido e a garganta engasgada.

Aquele rosto sorridente que víamos sempre, hoje não nos olha mais e então aquela imagem meio em “marca-d’agua” que a memória consegue puxar não sacia a vontade de abraçar, de ver ou de ao menos falar um oi, fazendo com que toda essa complexidade vire uma insaciável saudade.***



Ana Selvati - 05/08/2010

terça-feira, 22 de junho de 2010



Durante uma lição da escola ele me chamou e rindo muito me disse:

Mãe, você não acredita, mas existe uma cidade que se chama Machu Picchu.

E eu disse: Existe sim eu já sabia... e fica no PERU.

Aí sim que ele riu mais ainda e até hoje ele ri disso....

(onde está a graça??? eu faço idéia... melhor nem perguntar, coisa de criança)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Primeiro encontro...


Quando eu conheci meu atual – futuro marido Guilherme, eu sempre contava pra ele as coisas do Vi antes deles se conhecerem.
Falava tudo que meu filho fazia, gostava e não gostava...

O dia em que eles se conheceram foi marcante, pelo menos pro Gui rsrsrs.

Estávamos indo à um aniversário de uma amiga minha, foi quando o Guilherme para puxar assunto e verificar a receptividade, começou a perguntar:

Guilherme: Ví fiquei sabendo que você já sabe andar de bicicleta, é verdade?
Vinícius: Sei (monólogo)
Guilherme: e você também sabe ver horas?
Vinícius: Sei
Guilherme: e sabe nadar também?
Vinícius: Sei

Depois algumas perguntas e no meio de alguma que provávelmente estava sendo formulada, meu filho o intenrropeu e disse: Você é curioso heim Guilherme?

O silêncio imperou dentro carro, eu e o Gui seguramos os risos e continuamos nosso trajeto até a chácara, passamos o dia inteiro lá, já a tardinha estávamos sentados quando meu filho chegou, e o Guilherme novamente para puxar assunto disse:

Você tem ciúmes da sua mãe, Ví?

Mais do que depressa e sem pensar muito meu filho se virou pra mim e disse:

Não falei Mãe, que ele era curioso...

Esse foi o primeiro encontro dos meus dois amores... rsrsrs

Mas só pra deixar registrado, hoje eles são ótimos amigos e aliados, principalmente quando eu resolvo ser a chatinha da casa!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Rapidinha...




Essa é uma estória breve, mas engraçada.

Quando meu filho estava aprendendo as letras, ele ficava sempre me perguntando, mãe, casa começa com o que? àrvore começa com o que? “tal coisa” começa com o que?

Era sempre assim, às vezes até irritava, aí um dia eu estava brincando com ele e meu sobrinho Thiago, (ah não mencionei em lugar nenhum porque não queria dar nomes aos bois, mas meu filho se chama Vinícius) então, ele mesmo me perguntou:

Mãe, Thiago começa com o que?
E eu respondi: começa com T de tigre.
E ele: E Vinícius?
Eu disse: Com V de vaca.

Ele fez uma pausa de uns 5 segundos e de repente, começou a chorar e me disse:

Ahhhhhhhhhhhhh, eu não quero V de vaca eu quero V de leão. (rsrsrsrsrsrrsrs)

Sensibilidade musical...


Como eu sempre gostei muito de música, consequentemente meu filho gosta muito de música.

Aos dois anos ele já havia aprendido musiquinhas da escola e cantarolava o dia inteiro, às vezes ele acordava cantarolando (até hoje ele faz isso! rsrsr), percebi naquela época que a música seria uma grande aliada pra mim, principalmente nas horas de dormir, eu cantava uma música, ou duas ou mais e ele logo dormia, tranqüilo e calmo.

Às vezes eu o colocava no carro e saia pra dar uma volta no quarteirão ouvindo musica até ele pegar no sono, depois era só transferir pro berço, mas muitas vezes ele chegava a ouvir quase meio CD e cantava junto, óbvio, até eu atingir meu objetivo rsrs.

Uma certa noite, estávamos andando pela cidade, ouvindo música, aparatos de dormir dentro do carro como, cobertor, travesseiro e lógico música tocando.

Eu particularmente não estava prestado atenção no detalhe da música que tocava, era uma música do grupo Jota Quest, o nome da música era “Dias melhores” , em um certo trecho eu percebi um movimento no banco traseiro, foi quando olhei pelo retrovisor e vi meu filho sentado no banco com as mãozinhas pra cima.

Então eu perguntei: que isso filho?
E ele me disse sério: eu aquedito na palada mãe! (eu acredito na parada mãe).

Fiquei um tempo até entender que ele estava falando da música que estava tocando. Em um trecho da música no CD ao Vivo o vocalista dizia: As mãos pra cima quem acredita da parada.... rsrsrsrsrsr, essa foi ótima. Eu não sabia se ria ou se chorava com essa situação, era emocionante e impressionante a tamanha sensibilidade daquela criança de quatro anos...

Conclusão, se nossa vida tivesse uma trilha sonora, com certeza essa música estaria nela.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quando eu descobri que ele já estava se descobrindo....

Dos muitos casos que tenho pra contar, vou tentar me lembrar em ordem dos acontecimentos, embora eu ache bem difícil... Mas, vou tentar.

Até ele completar dois anos tudo foi normal e tranqüilo, ele fazia coisinhas engraçadinhas de bebê, mas percebi que meu filhote era perspicaz num episódio que não gosto muito de me lembrar, mas vou escrever só pra registrar...

Quando ele nasceu, ele tinha um testículo retraído e os médicos acharam melhor fazer uma micro-cirurgia antes dos dois anos e meio para corrigir e colocar a “bolinha” no lugar. Depois de consultar algumas opiniões, de pediatra, urologista, mais pediatra, mais urologista e ler sobre o assunto na internet de “cabo a rabo”, decidi que realmente era necessário esse procedimento.

No dia marcado eu estava agoniada, fomos para o hospital, dei entrada no quarto, fiz tudo o que precisava com o coração na mão e juntinho com meu filho, foi então que a enfermeira me disse que ia levá-lo para a sala de cirurgia, eu pedi pra ir junto, mas não foi possível. Entreguei meu filho no colo daquela moça, que eu nem conhecia. Ele chorava muito e me chama, a cada passo que ela dava a voz dele ficava mais longe, a minha vontade era tirar meu filho do colo daquela moça e sair correndo daquele lugar, mas minha razão falou mais alto .... É necessário.

O médico veio falar comigo, me disse que o procedimento seria rápido e tranqüilo e que durariam uns 30 minutos... UMA HORA E MEIA depois, NADA do meu filho e de ninguém pra me dar uma noticia; a coitada da moça da recepção já não me agüentava mais pedindo informação, eu estava quase “enfartando” quando a enfermeira me chamou, ela estava com meu filho nos braços, com aquela roupinha azul de hospital, manchada de sangue, meio dopado pela anestesia e ele me olhou com um olhar triste e uma voz mais triste ainda e me disse: mãe rancalo meu pilu (arrancaram meu piru), meu Deus, foi um dos dias mais marcantes da minha vida, fiquei imaginando aquele bebê, com um monte de gente estranha e ninguém se importou em explicar pra ele o que iria acontecer. Tudo bem! ele tinha dois anos, ... enfim, mais do que depressa peguei ele no colo levei pro quarto abri aquele jalequinho que ele vestia, coloquei a mãozinha dele no piru e disse: não arrancaram não meu amor... só consertaram... então eu vi o sorriso mais aliviado que alguém poderia sorrir pra mim na vida e tive certeza que meu filho sabia e percebia mais do que eu podia imaginar com apenas dois anos de idade.

de repente um bebê...

... Depois do susto que passei com a gravidez, os nove meses voaram e foi numa linda manhã de verão, mês de fevereiro, que meu médico Dr. Mauricio, marcou minha cesárea; “Na verdade eu queria muito um parto normal, muito mesmo, mas meu filho nem pensava em fazer algum tipo de força pra nascer, quem o conhece vai entender bem o que estou sugerindo, mas pra quem não conhece, vou explicar : ele é um sossego em pessoa”.

Dei entrada no hospital Sírio Libanês dia 12 de Fevereiro de 2000 (sempre achei linda essa data) às 07:45 horas da manhã e por volta das 09:15 horas da manhã (+-) acordei no corredor do hospital com uma enfermeira me chamando para me levar de volta pro quarto, eu cheguei a ver rapidamente o bebê durante a cirurgia, mas foi muito rápido porque apaguei com a anestesia.

Eu já estava no quarto quando a enfermeira me trouxe aquela coisinha, ele era tão pequenininho, perfeito (tudo bem que tinha cabeça grande e orelhão, fiquei até aliviada por não ter tido parto normal rsrsrsr), mas mesmo assim ele era lindo.
Depois que analisei todos os detalhes a primeira coisa que me veio à cabeça foi: O que é que eu vou fazer com isso Meu Deus? Que responsabilidade! Chorei sem parar por umas 3 horas olhando aquele bebê, ninguém entendia porque eu chorava tanto, na verdade nem eu, simplesmente chorei.

Muitos sentimentos que eu não conhecia nasceram junto com ele naquela maternidade, um agridoce de emoção misturado com paixão e com um toque insuportável de medo, um medo absurdo e súbito caiu sobre mim e sinceramente nunca mais saiu, medo do presente, medo do futuro, medo de alguma coisa acontecer com aquele pingo de gente, medo de fracassar como mãe, medo de gripe, medo febre, medo de tudo que poderia supostamente acontecer com meu frágil bebê, pois é, e é disso que vou falar nesse blog, desses sentimentos que me sufocam e me fazem sufocar meu filho, esses sentimentos que me tornaram essa mãe que sou hoje às vezes boba, às vezes temperamental, às vezes vazia, às vezes plena e muitas vezes louca.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Eu tinha 23 anos...


... quando essa história começou.

Menstruação atrasada há um mês, dores de barriga freqüentes (mas não era cólica não era diarréia nervosa mesmo) e como eu não via nenhuma saída e queria acabar se vez com aquela agonia comprei o teste de gravidez da farmácia.

Já era tarde, próximo ao horário de ir do trabalho pra casa, então pensei: Onde esconder “isso” pra que ninguém veja? Não tive coragem de colocar na minha bolsa, “óbvio a bolsa da gente não é muito segura”, qualquer um pode pegar e olhar dentro; descartei de cara a bolsa, pensei em esconder de baixo do meu colchão, mas também pensei logo em seguida: Vai que minha mãe resolver trocar minha roupa de cama às sete da noite e descobre o meu terrível segredo? Colchão também descartado. Pensei em guardar em uma gaveta que ninguém mexia há anos; então me lembrei de uma história onde um conhecido da minha família guardou camisinha numa cômoda, um dos filhos encontrou e perguntou pra mãe no meio de uma reunião de família se aquilo era um tipo de bico de mamadeira? Bom nem preciso falar que logo foi descartada a gaveta também...
Então, tive a brilhante idéia de esconder dentro da minha calça é isso mesmo, entre a calça e a calcinha, lá sim era um lugar seguro, desconfortável, porém seguro. Fiquei com o teste escondido nesse super esconderijo das 19:00 horas até às 02:00 horas da manhã do dia seguinte, que foi quando me deu coragem de enfrentar aquele tubinho branco com visor transparente que era monstruoso...
O processo começou assim: Fui pro lugar mais privado de uma casa; o banheiro, me sentei na privada, abri calmamente a embalagem, li atentamente as instruções, segui o passo a passo: fiz xixi no local indicado, coloquei o objeto em cima da tampa do lixo então mais do que depressa, fechei os olhos e rezei... só abri depois de uns 10 minutos (por minha sorte eu já estava sentada na privada.... que cólica !!! ) quando vi que o negócio ficou da cor que indicava POSITIVO... e foi assim que tudo começou.