quinta-feira, 13 de maio de 2010

de repente um bebê...

... Depois do susto que passei com a gravidez, os nove meses voaram e foi numa linda manhã de verão, mês de fevereiro, que meu médico Dr. Mauricio, marcou minha cesárea; “Na verdade eu queria muito um parto normal, muito mesmo, mas meu filho nem pensava em fazer algum tipo de força pra nascer, quem o conhece vai entender bem o que estou sugerindo, mas pra quem não conhece, vou explicar : ele é um sossego em pessoa”.

Dei entrada no hospital Sírio Libanês dia 12 de Fevereiro de 2000 (sempre achei linda essa data) às 07:45 horas da manhã e por volta das 09:15 horas da manhã (+-) acordei no corredor do hospital com uma enfermeira me chamando para me levar de volta pro quarto, eu cheguei a ver rapidamente o bebê durante a cirurgia, mas foi muito rápido porque apaguei com a anestesia.

Eu já estava no quarto quando a enfermeira me trouxe aquela coisinha, ele era tão pequenininho, perfeito (tudo bem que tinha cabeça grande e orelhão, fiquei até aliviada por não ter tido parto normal rsrsrsr), mas mesmo assim ele era lindo.
Depois que analisei todos os detalhes a primeira coisa que me veio à cabeça foi: O que é que eu vou fazer com isso Meu Deus? Que responsabilidade! Chorei sem parar por umas 3 horas olhando aquele bebê, ninguém entendia porque eu chorava tanto, na verdade nem eu, simplesmente chorei.

Muitos sentimentos que eu não conhecia nasceram junto com ele naquela maternidade, um agridoce de emoção misturado com paixão e com um toque insuportável de medo, um medo absurdo e súbito caiu sobre mim e sinceramente nunca mais saiu, medo do presente, medo do futuro, medo de alguma coisa acontecer com aquele pingo de gente, medo de fracassar como mãe, medo de gripe, medo febre, medo de tudo que poderia supostamente acontecer com meu frágil bebê, pois é, e é disso que vou falar nesse blog, desses sentimentos que me sufocam e me fazem sufocar meu filho, esses sentimentos que me tornaram essa mãe que sou hoje às vezes boba, às vezes temperamental, às vezes vazia, às vezes plena e muitas vezes louca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário